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Eletrônica

Sensor sem bateria injetado com seringa monitora sua saúde

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/01/2020

Microssensor sem bateria injetado com seringa monitora sua saúde
O microssensor é injetado sob a pele usando uma seringa comum.
[Imagem: NUS]

Sensor injetável

Microssensores minúsculos o suficiente para serem injetados sob a pele prometem monitorar sua saúde no futuro.

Embora os sensores já estejam no limite da miniaturização, graças às tecnologias quânticas, faltava ainda um leitor sem fio sensível o suficiente para ler os dados coletados.

Conforme foram sendo miniaturizados, os sensores ficaram pequenos demais para conter uma bateria, exigindo leitores ultrassensíveis e operando muito próximo do implante. É por isso que, até agora, os pesquisadores não tinham sido capazes de criar microssensores viáveis abaixo de 1 milímetro.

Este foi o avanço apresentado agora por Zhenya Dong, da Universidade Nacional de Cingapura, dando um passo essencial em direção à viabilização de pequenos implantes sob a pele para medir continuamente a glicose no sangue, a frequência cardíaca e outras condições fisiológicas.

Microssensor sem bateria injetado com seringa monitora sua saúde
O sensor foi projetado para funcionar continuamente sob a pele.
[Imagem: Zhenya Dong et al. - 10.1038/s41928-019-0284-4]

Ponto excepcional

Dong e seus colegas desenvolveram uma nova maneira de medir o sinal gerado pelo sensor, calibrando o leitor sem fio para funcionar em um ponto excepcional - um estado especial em que o leitor se torna extremamente sensível a objetos próximos.

O resultado é que o leitor é tão sensível - três vezes mais sensível que os leitores existentes - que pode até ler os pequenos sinais que os microssensores submilimétricos emitem.

A equipe desenvolveu um protótipo funcional do leitor que pode ler um microssensor sem bateria, de 0,9 milímetro de diâmetro, que foi injetado sob a pele usando uma seringa. Em experimentos de laboratório, o leitor monitorou com precisão a taxa de respiração e a frequência cardíaca.

"Agora que comprovamos a viabilidade do nosso leitor, o próximo passo é desenvolver um conjunto de microssensores passivos (sem bateria) que possam monitorar vários parâmetros fisiológicos, como glicose, atividade bioelétrica e química do sangue," disse o professor John Ho, coordenador da equipe.

Bibliografia:

Artigo: Sensitive readout of implantable microsensors using a wireless system locked to an exceptional point
Autores: Zhenya Dong, Zhipeng Li, Fengyuan Yang, Cheng-Wei Qiu, John S. Ho
Revista: Nature Electronics
Vol.: 2, pages 335-342
DOI: 10.1038/s41928-019-0284-4
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