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Alpha Crucis está em águas brasileiras

Com informações da Agência Fapesp - 04/05/2012

Alpha Crucis está em águas brasileiras
O Alpha Crucis tem 64 metros de comprimento, 11 metros de largura e capacidade para levar 20 pessoas e deslocar 972 toneladas.
[Imagem: Chico Vicentini]

Marco simbólico

O novo navio oceanográfico brasileiro, Alpha Crucis, já está em águas brasileiras.

A embarcação, que partiu de Seattle (Estados Unidos) no dia 30 de março, tem chegada prevista para a próxima semana no porto de Santos (SP).

Comprado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) para a Universidade de São Paulo (USP), que também ficará responsável pela manutenção e gestão da embarcação, o navio irá substituir o Professor W. Besnard, utilizado entre 1967 e 2008, quando sofreu um incêndio e ficou sem condições operacionais de pesquisa.

O navio tem 64 metros de comprimento por 11 metros de largura. Tem capacidade para levar 20 pessoas e deslocar 972 toneladas. O custo total da embarcação, incluindo a reforma, foi de US$ 11 milhões.

A expectativa é que ele proporcione um grande salto qualitativo na pesquisa oceanográfica do país.

Estação oceanográfica

De acordo com o pesquisador-chefe do navio, Luiz Vianna Nonato, o Alpha Crucis cruzou a linha do equador na segunda-feira (30/04) e, às 14 horas, realizou sua primeira estação oceanográfica, que consistiu no lançamento de aparelhos de pesquisa e na coleta de dados na foz do rio Amazonas, na costa brasileira.

"Neste momento, estamos a 100 milhas da costa do estado do Maranhão", disse Nonato, pelo telefone via satélite da embarcação.

"Essa estação oceanográfica não estava vinculada a nenhum projeto formal de pesquisa, mas teve o objetivo de submeter os equipamentos a testes e de proporcionar treinamento do grupo de bordo no uso da infraestrutura oferecida pelo navio, que é bastante diferente da que tínhamos à disposição no navio antigo", explicou Nonato.

A tripulação do Professor Besnard foi incorporada ao Alpha Crucis. Alguns novos tripulantes serão agregados. Participaram da viagem para o Brasil seis pesquisadores do IO-USP e 14 tripulantes. "Vieram também quatro consultores do antigo proprietário do navio, a fim de transmitir sua experiência à tripulação", disse Nonato.

"O navio está absolutamente operacional e vários outros experimentos serão realizados à medida que formos costeando o Brasil, com o objetivo de testar os equipamentos e treinar o pessoal", disse Nonato.

Demanda reprimida

Originalmente, o Alpha Crucis pertencia à Universidade do Havaí e tinha o nome Moana Wave. Recentemente, o navio foi transferido para a Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos. Depois da aquisição pela FAPESP, a embarcação passou por reformas e modificações, durante dez meses, no estaleiro onde se encontrava em Seattle.

Segundo Nonato, o Alpha Crucis oferece recursos de pesquisa muito mais modernos que o seu antecessor e por isso deverá ter uma procura muito maior pelos pesquisadores interessados em usá-lo em seus projetos.

"Além disso, depois de quatro anos sem um navio oceanográfico disponível em São Paulo, temos uma imensa demanda reprimida. Muitos projetos de pesquisa já estão com os estudos laboratoriais concluídos e estão apenas à espera do Alpha Crucis para desenvolver o trabalho de campo. A demanda será colossal, especialmente no início", disse.

Quando chegar a Santos, o Alpha Crucis passará por uma série de procedimentos burocráticos, com a finalidade de formalizar sua situação no Brasil.

O cientista estima que será necessário pelo menos um mês, depois de atracar em Santos, para que todos os procedimentos sejam realizados. "Depois disso o navio estará 100% pronto, tanto no aspecto técnico como no aspecto administrativo. E só então ficará à disposição da comunidade científica", disse.

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