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Navio de pesquisas oceanográficas garante recursos para três anos

Com informações da Agência Brasil - 03/09/2018

Navio de pesquisa Vital de Oliveira garante recursos para três anos
O investimento inicial para a aquisição do navio alcançou R$ 162 milhões, mas é necessário bancar o seu funcionamento.
[Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil]

Pagar as contas

O custeio e manutenção do navio de pesquisa hidroceanográfico Vital de Oliveira, pertencente à Marinha do Brasil, foi garantido pelos próximos três anos.

Pelo acordo de governança, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC), a Marinha do Brasil e a Petrobras vão investir no navio R$ 18,7 milhões cada no período de três anos. A mineradora Vale vai repassar R$ 1,45 milhão e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) outros R$ 17,2 milhões no mesmo período.

O Vital de Oliveira foi adquirido pelo governo federal em parceria com a Vale e a Petrobras para auxiliar em pesquisas na costa brasileira. Construído por uma empresa norueguesa em um estaleiro na China, o navio chegou ao Brasil em julho de 2015.

A embarcação tem cinco laboratórios e capacidade para até 60 cientistas, permitindo pesquisas em áreas como mudanças climáticas, economia da pesca e geologia. Entre seus recursos tecnológicos, está um veículo de operação remota (ROV) para operar a até 4 mil metros de profundidade.

Mineração marinha

Um dos principais projetos de pesquisa sendo conduzido pelas equipes a bordo do Vital de Oliveira é sobre a Elevação do Rio Grande, localizada em águas internacionais no Atlântico Sul, a mais de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira.

Localizada a leste do Rio Grande do Sul, a área é rica em minerais, incluindo uma crosta do cada vez mais valioso cobalto, além de indícios apontando a presença de terras raras, metais que servem de matéria-prima para vários itens de tecnologia.

Navio Vital de Oliveira

O investimento inicial para a aquisição do navio alcançou R$ 162 milhões, sendo R$ 70 milhões da Petrobras, R$ 38 milhões da Vale, R$ 27 milhões do MCTIC e R$ 27 milhões da Marinha.

No acordo para custeio das operações, além dos parceiros iniciais, foi incorporada a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), atualmente Serviço Geológico do Brasil.

O diretor da CPRM Antônio Carlos Bacelar, disse que o acordo é um marco histórico para a ciência do nosso país: "É preciso avançar nos estudos do fundo do mar e esse navio hidroceanográfico vai, sem sombra de dúvida, trazer uma aproximação maior entre os entes federativos que estudam a geociência, a biologia e a biota do fundo do mar, que tem tantas surpresas para se tornar realidade para o povo brasileiro. Nosso país vai continuar na vanguarda pra preservar os recursos do mar."

O representante da Petrobras, Gustavo de Castro, informou que a empresa investiu no projeto desde o começo e tem interesse nas áreas de meio ambiente, geotecnia, sedimentologia, estratigrafia e oceanografia.

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