Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Materiais Avançados

Plástico com autodestruição gera objetos que desaparecem a um comando

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/09/2019

Plástico com autodestruição gera objetos que desaparecem a um comando
O polímero deixa apenas uma mancha e um leve cheiro.
[Imagem: Paul Kohl]

Plástico que se autodestrói

Você pode pensar nisso como a reciclagem levada ao extremo - ao extremo de não ser necessária.

Um novo tipo de polímero simplesmente desaparece quando é exposto à luz solar ou a uma luz artificial específica.

O objetivo é construir aparelhos capazes de se autodestruir depois de cumprir suas funções.

"Esse não é o tipo de coisa que se degrada lentamente ao longo de um ano, como os plásticos biodegradáveis com os quais os consumidores podem estar familiarizados," afirmou Paul Kohl, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA. "Esse polímero desaparece em um instante quando você aperta um botão para acionar um mecanismo interno ou o Sol o atinge".

Kohl afirma que esse material estilo "James Bond" é ótimo para ser incorporado em dispositivos militares e de espionagem, mas ele também vê potencial para aplicações do bem. Por exemplo, os pesquisadores fizeram um epóxi autodestrutivo para criar um adesivo temporário que poderia ser usado em materiais de construção. Terminada a obra, todo o material de apoio desaparece.

Eles também imaginam seu material sendo usado como sensor para monitoramento ambiental. Depois que os sensores terminarem de coletar dados, não há risco de sujar o ambiente, podendo simplesmente vaporizar.

Polímero que se desmonta

A base do novo material é conhecida como polímero com baixa temperatura teto, que é o ponto em que as ligações químicas principais que mantêm a substância unida começam a se romper.

Muitos polímeros degradam-se quando atingem essa temperatura, mas o processo é lento porque muitas ligações precisam ser quebradas. Este novo material foi projetado para que, assim que uma ligação se rompa, tudo se quebre rapidamente.

Para isso, um produto químico chamado aldeído foi misturado a aditivos químicos que podem tornar o material rígido - para fazer um planador ou um sensor - ou flexível - para fabricar um tecido para um pára-quedas, por exemplo.

A luz solar ou a luz artificial podem fazer com que o material se desmanche. Ou, no verdadeiro estilo espião, um pequeno LED pode ser colocado dentro do objeto para acionar o processo de autodestruição sob demanda. Tudo o que vai restar será um resíduo e um cheiro fraco, que Kohl diz serem dos aditivos que controlam a rigidez do material.

A equipe já usou o material para construir um planador, com uma envergadura de cerca de dois metros. Ele é capaz transportar objetos pesando cerca de 1 kg, mas só pode viajar à noite, ou então se desmancha antes de cumprir sua missão.

Bibliografia:

Artigo: Sunlight photodepolymerization of transient polymers
Autores: Oluwadamilola Phillips, Anthony Engler, J. M. Schwartz, Jisu Jiang, C. Tobin, Y. A. Guta, Paul A. Kohl
Revista: Journal of Applied Polymer Science
Vol.: 136, Issue 9
DOI: 10.1002/app.47141
Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Polímeros
  • Músculos Artificiais
  • Aviões
  • Metais e Ligas

Mais tópicos