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Professor da USP coordenará rede mundial de institutos de estudos avançados

Com informações da Agência Fapesp - 02/04/2018

Professor da USP coordenará rede mundial de institutos de estudos avançados
Guilherme Ary Plonski será o coordenador da rede mundial de institutos de estudos avançados sediados em universidades.
[Imagem: IEA-USP]

Estudos avançados

Guilherme Ary Plonski foi eleito coordenador da University-Based Institutes for Advanced Study (UBIAS) - institutos de estudos avançados sediados em universidades -, rede que congrega 44 institutos de estudos avançados dos cinco continentes.

Plonski é professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP).

Como explicou o novo coordenador, a palavra "avançados" nos nomes desses institutos tem várias nuanças. Uma é a de se voltar para temas de fronteira do conhecimento e até para temas totalmente novos, ainda não cobertos pelas instituições mais tradicionais de ensino e pesquisa das universidades. Outra é a interdisciplinaridade, da interação muito ágil e intensa entre especialistas de diferentes áreas do conhecimento. Outra ainda, a abertura rumo à sociedade maior.

Temas de grande importância e atualidade, como "cidades" ou "energia", por exemplo, pedem a confluência de vários olhares para serem minimamente tratados. E são eixos articuladores da colaboração de especialistas de diferentes áreas.

Só a ciência não é suficiente

"O mundo tornou-se extremamente complexo. Não só devido à qualidade do conhecimento produzido, mas também à quantidade de informação disponível. Informação deixou de ser o fator limitante. O grande desafio é a interpretação.

"Neste contexto de complexidade, a ciência apenas já não é suficiente. Também são necessários princípios para fazer as escolhas adequadas. A antiga ideia de uma ciência natural desprovida de princípios não se sustenta mais. Solo, água, ar são commons [bens comuns] ou commodities [mercadorias]? São bens comuns, que deveriam ser compartilhados, ou bens que podem ser apropriados privadamente? Existem conflitos em relação a isso.

"E o cientista não pode tocar sua pesquisa como se esses conflitos não existissem. Penso, por exemplo, que conhecimento médico e saúde deveriam ser entendidos como commons e não como commodities. Esta é minha opinião como cidadão e médico. Outros talvez pensem de forma diferente. Os institutos de estudos avançados são fóruns nos quais é possível discutir o mesmo tema sob diferentes perspectivas", detalhou o professor Paulo Saldiva, diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, à Agência FAPESP.

A eleição de Plonski fará do IEA-USP uma espécie de sede informal da UBIAS durante os dois anos da gestão.

A cada ano, a UBIAS elege um tema integrador para ser um eixo de ações. O deste ano é "Envelhecimento: vida, cultura, civilizações", enfocado de forma interdisciplinar - portanto, não apenas sob a ótica da biologia e da medicina, mas também dos pontos de vista antropológico, filosófico, artístico e tantos outros.

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