Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/04/2020
Metal antibacteriano
A pandemia da covid-19 trouxe à tona uma questão que merecia pouca atenção do público: a sobrevivência de vírus e bactérias em diferentes superfícies.
No caso das superfícies metálicas - ônibus e metrôs, corrimãos, elevadores etc - a solução pode ser simples e barata.
Engenheiros da Universidade Purdue, nos EUA, criaram um método de tratamento a laser que transforma qualquer superfície de metal em um verdadeiro exterminador de bactérias - apenas dando à superfície do metal uma textura diferente.
A aplicação do laser cria rugosidades, incluindo minúsculas "agulhas" que, embora não sejam detectadas em escala macro - você pode passar a mão sobre o metal que ele continuará lhe parecendo liso -, são suficientes para perfurar a membrana externa das bactérias, levando-as à morte quase instantaneamente.
A técnica matou imediatamente superbactérias - como a MRSA - que se tornaram resistentes aos antibióticos.
Implantes antibacterianos
Depois de testar o método de tratamento a laser em amostras de cobre, a equipe começou a aplicar a tecnologia nas superfícies de outros metais e de polímeros. A ideia é reduzir os riscos de crescimento bacteriano e formação de biofilmes em dispositivos como implantes ortopédicos ou curativos aplicados a feridas crônicas.
O tratamento também torna as superfícies mais hidrofílicas - repelentes à água. Isso é uma boa notícia para implantes, já que superfícies assim permitem que as células se fixem mais fortemente, melhorando a integração do implante com o tecido biológico.
Infelizmente a técnica ainda não funciona contra os vírus, como o causador da covid-19, porque esses patógenos são muito menores do que as bactérias.