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Energia

Sinal verde para o projeto de fusão nuclear ITER

NewScientist news service - 27/11/2006

Sinal verde para o projeto de fusão nuclear

Reator de fusão nuclear

Um consórcio internacional de sete países assinou na semana passada um acordo para construir um multibilionário reator experimental de fusão nuclear que irá replicar os processos nucleares do Sol.

"Este é um novo passo em uma aventura excepcional," disse o presidente francês Jacques Chirac durante a cerimônia em Paris. O projeto tem por objetivo pesquisar uma alternativa limpa e sem limites para as cada vez menores reservas de combustíveis fósseis, embora a fusão nuclear permaneça como uma tecnologia ainda não comprovada. Alguns pesquisadores negam que ela seja possível, embora acreditem que o projeto ajudará muito no avanço da Física.

Representantes da China, União Européia, Índia, Japão, Rússia, Coréia do Sul e Estados Unidos assinaram o pacto, selando uma década de negociações.

O reator de US$12,8 bilhões (€10 bilhões) será construído em Cadarache, sudoeste da França, ao longo de uma década, começando em 2008. Originalmente chamado de Reator Termonuclear Experimental Internacional, a instalação é agora conhecida oficialmente por suas iniciais ITER (que, em latim, significa "o caminho").

Energia do Sol

Ao invés de dividir o núcleo de um átomo - o princípio por trás da atual geração de energia nuclear - o projeto irá tentar fundir núcleos atômicos.

Em uma reação de fusão, a energia é liberada quando núcleos atômicos leves - os isótopos de hidrogênio deutério e trício - são fundidos para formar um núcleo atômico pesado. Para dominar a fusão como uma fonte de energia, entretanto, é necessário aquecer um gás a temperaturas acima de 100 milhões de graus Celsius. Isso é muitas vezes mais quente do que o centro do Sol.

Um dos atrativos da fusão é a quantidade mínima de combustível necessário - a liberação de energia de uma reação de fusão é 10 milhões de vezes maior do que em uma típica reação química, tal como a queima de um combustível fóssil.

No entanto, o projeto tem sido criticado por grupos ambientalistas como o Greenpeace, que argumenta que o enorme custo irá desviar fundos de outras áreas da pesquisa de energias alternativas, sem nenhuma garantia de que um método efetivo de simular e controlar o processo de fusão possa vir a ser alcançado.

Reator comercial

O presidente Chirac descreveu o reator experimental como "uma mão estendida para as gerações futuras." Se o ITER tiver sucesso, um protótipo comercial será construído e, sempre se ele tiver sucesso, a tecnologia da fusão nuclear poderá ser espalhada ao redor do mundo.

A União Européia irá pagar metade do custo de construção do reator, com o restante dividido entre os outros parceiros. O projeto irá empregar 400 cientistas.

Depois de anos de negociações, o Japão concordou em 2005 em retirar sua candidatura para sediar o projeto - em troca de 20% dos postos de trabalho, incluindo o cargo de diretor geral. O engenheiro japonês Kaname Ikeda foi nomeado no início de Novembro como coordenador do projeto.

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