Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Espaço

Plano Mestre de Tecnologia Espacial Européia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/07/2003

Plano Mestre de Tecnologia Espacial Européia

A Agência Espacial Européia (ESA) acaba de divulgar o "European Space Technology Master Plan" (Plano Mestre de Tecnologia Espacial Européia), um acordo entre as 16 nações e mais de 100 empresas européias ligadas à pesquisa espacial. O documento é um acordo que traça o futuro da pesquisa espacial européia, destacando 20 áreas tecnológicas que deverão ter os esforços de pesquisa harmonizados em nível continental.

A Europa possui um orçamento anual de 400 milhões de euros para a pesquisa espacial, a metade do qual é suprida pela própria ESA. A harmonização dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento visa evitar duplicação de esforços e de gastos, além de preencher hiatos de importância estratégica, e que não estejam sendo cobertos por pesquisas de nenhum país.

O Plano estabelece um processo global de pesquisas, feito a partir de um levantamento que mapeou as necessidades e as capacitações de cada país. O resultado é uma base de dados que lista 1.600 atividades tecnológicas, 100 indústrias e 500 profissionais, todos segmentados em 20 áreas tecnológicas que deverão ser harmonizadas.

"Um bom exemplo de harmonização é a área de células solares, onde tivemos que lidar com diferentes dimensões, necessidades, disponibilidade de tecnologia, competitividade e com a harmonização entre os diferentes participantes nacionais," afirma Hans Kappler, diretor da ESA.

Havia um claro hiato no mercado europeu para células solares multi-junção de arseneto de gálio (GaAS) antes da harmonização, com a desenvolvimento tecnológico concentrado primariamente nos Estados Unidos. Os recursos foram concentrados em um programa de desenvolvimento conjunto, com o objetivo de alcançar uma capacidade de produção em larga escala. Hoje o resultado do esforço de harmonização pode ser visto na espaçonave Herschel-Plank e nos satélites de telecomunicações Astrium, todos utilizando as células "made in Europa".

Outro executivo da ESA, Geir Hovmork, explica a necessidade de uma política unificada: "As delegações nacionais financiam a participação de seus países na ESA assim como programas nacionais, mas eles possuem recursos disponíveis limitados. Em certas áreas tecnológicas nós encontramos o mesmo tipo de indústria competindo pelo mesmo mercado limitado. Tornou-se óbvio, tanto para a indústria quanto para o governo, que nós necessitamos de algum tipo de esforço concentrado para tirar o máximo proveito de nosso orçamento."

Outro exemplo é a indústria aeroespacial. Com a diminuição do ritmo de crescimento do mercado de telecomunicações, as empresas européias receberam apenas 12 encomendas de satélites em 2.003, para uma capacidade instalada de 35 satélites por ano.

O processo de estabelecimento de um plano conjunto deverá ser dinâmico, exigindo freqüente interação entre todos os agentes envolvidos. Em um processo de "feedback" ativo, o plano será reavaliado anualmente, o que deverá tornar o processo de harmonização mais contínuo, focando cerca de oito tecnologias por ano. Os objetivos mais gerais e de longo prazo serão reavaliados a cada quatro anos.

Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Exploração Espacial
  • Estação Espacial Internacional
  • Universo e Cosmologia
  • Sondas Espaciais

Mais tópicos