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Microchip espacial está oito anos à frente da tecnologia atual

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/10/2003

Microchip espacial está oito anos à frente da tecnologia atual

Engenheiros da Universidade de Idaho (Estados Unidos) atingiram uma nova fronteira na fabricação de microchips. A nova tecnologia está pelo menos oito anos à frente daquela que hoje é utilizada pelas mais avançadas indústrias de semicondutores no mundo e é voltada especificamente para a construção de microprocessadores para equipar as mais recentes naves e satélites da NASA.

Construído especialmente para atender às exigências das naves espaciais, o novo chip possui um design capaz de resistir aos erros impostos pela radiação espacial e consome apenas 15 miliwatts de potência, cerca de 100 vezes menos do que os microprocessadores utilizados nas naves e satélites atuais. A inovação é matéria de capa da edição de Outubro da revista EE Times.

"Colocar no espaço nosso primeiro microprocessador resistente à radiação e de ultra-baixo consumo representa um marco em um programa de pesquisas de cinco anos," afirma Jody Gambles, membro da equipe de pesquisadores que construiu o novo chip.

Os cientistas trabalharam em parceria com a empresa AMI Semiconductor e a nova tecnologia já foi licenciada para a empresa PicoDyne Inc, que é responsável pelos testes dos chips encaminhados à NASA. Mas foi a AMI quem construiu o primeiro lote do novo chip. Estas primeiras unidades já foram certificadas e estão agora no programa Nanosatélites da NASA. Cada um desses minúsculos satélites espaciais pesará menos de 20 quilos em ordem de marcha. Serão lançados três nanosatélites que orbitarão a Terra medindo a incidência de partículas carregadas que atingem a magnetosfera.

Apesar de seu diminuto tamanho, os nanosatélites serão capazes de desempenhar várias das funções de seus irmãos maiores, incluindo comunicações, direcionamento, navegação e vôo em formação. Para desempenhar todas essas tarefas, é essencial que o satélite consuma um mínimo de energia. "Reduzir a necessidade de energia reduz as baterias necessárias, reduz o tamanho dos painéis solares e o tamanho total do satélite, o que aumenta a quantidade de satélites que podem ser lançados - tudo em um efeito dominó levando a novos designs e capacidades das naves espaciais." completa Gambles.

Os novos chips de ultra-baixa potência incluem um compressor de dados de alto desempenho que aumenta a quantidade de dados que podem ser enviados à Terra, um microcontrolador de uso geral que pode ser usado para uma grande variedade de funções, um correlacionador de dados utilizado para medir a incidência de chuvas a partir do espaço e um digitalizador, utilizado para converter dados analógicos dos sensores e alimentar os chips digitais.

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