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Materiais Avançados

Novo diamante é mais duro que diamante

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/12/2016

Lonsdaleíta
Os nanodiamantes hexagonais são produzidos dentro de uma bigorna de diamante, a uma temperatura de 400º C.
[Imagem: Jamie Kidston/ANU]

Diamante superduro

O diamante natural já não é mais o material mais duro que existe, mas talvez seja possível recuperar a coroa, perdida para os materiais sintéticos.

Thomas Shiell e seus colegas da Universidade Nacional Australiana acabam de sintetizar um novo tipo de diamante que é mais duro do que os diamantes normais.

Diamantes desse tipo só foram encontrados até hoje nas crateras de impacto de grandes meteoros - assim, apesar de ter sido sintetizado em laboratório, ele continua sendo considerado um material natural.

"Este novo diamante não vai parar em nenhum anel de casamento. É mais provável que você o veja em um local de mineração. Onde quer que você precise de um material superduro para cortar alguma coisa, este novo diamante tem o potencial para fazer isto mais rápido e mais facilmente," disse Jodie Bradby, coordenadora da equipe.

Lonsdaleíta

Usando uma bigorna de diamante, um aparelho usado para gerar pressões imensas, Shiell conseguiu sintetizar uma lonsdaleíta, uma forma hexagonal de carbono também já identificada na poeira interestelar.

"A estrutura hexagonal dos átomos destes diamantes torna-os muito mais duros do que os diamantes convencionais, que têm uma estrutura cúbica. Nós conseguimos produzi-los em nanoescala, e isto é entusiasmante porque geralmente, quando se trata desses materiais, menor significa mais forte," disse Bradby.

Os nanodiamantes já vêm sendo explorados para uso industrial, em equipamentos de corte e perfuração, seja em minas, poços de petróleo ou em ferramentas de desbaste para tornos e fresas.

Bibliografia:

Artigo: Nanocrystalline hexagonal diamond formed from glassy carbon
Autores: Thomas B. Shiell, Dougal G. McCulloch, Jodie E. Bradby, Bianca Haberl, Reinhard Boehler, David. R. McKenzie
Revista: Nature Scientific Reports
Vol.: 6, Article number: 37232
DOI: 10.1038/srep37232
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