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Energia

Energia das estrelas mais próxima de ser dominada pelo homem

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/09/2008

Energia das estrelas - Reator de Fusão Nuclear
A bobina principal, antes de ser encapsulada em seu invólucro de aço.
[Imagem: Tesla Engineering/EFDA]

Apesar do ceticismo de uma parte da comunidade científica, o projeto do primeiro reator de fusão nuclear do mundo, o ITER, prossegue acelerado, com seu orçamento que deverá ser três vezes maior do que o gasto com a construção do LHC.

Construindo uma mini-estrela

Explorando um campo absolutamente novo, literalmente tentando construir uma miniestrela isolada no interior de um campo magnético, os cientistas devem comprovar que cada detalhe de sua teoria funciona conforme eles vão construindo os equipamentos que devem funcionar com base nessas teorias.

E eles estão em festa. Acaba de ser comprovado o funcionamento das bobinas de campo poloidal supercondutoras, que serão utilizadas para manter o equilíbrio do plasma e o seu formato no interior do reator tokamak do ITER.

"Isto é um salto para a comunidade da fusão nuclear. Nós testamos e demonstramos com sucesso uma tecnologia-chave que é essencial para o sucesso do ITER," afirmou Didier Gambier, diretor do projeto.

Ligas supercondutoras de nióbio-titânio

Energia das estrelas - Reator de Fusão NuclearFeita de ligas supercondutoras de nióbio (Nb) e titânio (Ti), a bobina testada atingiu uma operação estável de 52 kA em um campo magnético de 6,4 Tesla. A bobina tem um diâmetro externo de 1,5 metro e pesa 6 toneladas.

Os fios individuais de nióbio-titânio, com diâmetro de 0,73 milímetro, foram fabricados na Rússia, um dos parceiros do projeto, ao lado do Japão, União Européia, China, Índia, Coréia do Sul e Estados Unidos.

Exatamente 1.440 desses fios foram tecidos em um cabo supercondutor, encapsulados em uma armação de aço, revestidos por uma camada de isolamento e, finalmente, utilizados para a construção da bobina.

Reator de fusão nuclear

O ITER, quando pronto, deverá ser o primeiro protótipo experimental a demonstrar a viabilidade científica e técnica da fusão nuclear para a geração de energia.

Quando núcleos de átomos leves se fundem para formar átomos mais pesados, a reação libera uma quantidade imensa de energia - este é o mesmo processo que alimenta o Sol e todas as estrelas.

Se o ITER tiver sucesso, usinas em escala comercial poderão começar a ser construídas para explorar a "energia das estrelas", sem radioatividade e sem poluição.

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