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Nova estação brasileira na Antártica pronta para reinauguração

Com informações da Agência Brasil e Marinha do Brasil - 14/01/2020

Nova estação brasileira na Antártica
Ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, a estação tem 17 laboratórios.
[Imagem: Marinha do Brasil/Divulgação]

Nova estação antártica

Quase oito anos após a destruição da estação brasileira na Antártica por um incêndio, a nova Estação Comandante Ferraz deverá ser reinaugurada nesta quarta-feira - ou quando o tempo permitir a chegada das autoridades à ilha Rei George.

A estação brasileira na Antártica foi criada em 1984, mas em 2012 ela sofreu um incêndio de grande proporções, com 70% das instalações sendo perdidas.

Foram investidos cerca de US$ 100 milhões na reconstrução, e a unidade recebeu os equipamentos mais avançados do mundo. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia - são 17 laboratórios ao todo.

Ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, a estação poderá hospedar 64 pessoas, entre pessoal técnico e pesquisadores.

Cientistas da Fiocruz estarão entre os primeiros a trabalhar na nova estação, desenvolvendo pesquisas na área de microbiologia, a partir da análise de fungos que só existem na Antártica, e no poder medicinal desses microrganismos. A Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia) também já confirmou que vai desenvolver projetos meteorológicos na base brasileira.

Proteção contra incêndio

Para ficar acima da densa camada de neve que se forma no inverno, o prédio recebeu uma estrutura elevada. Os pilares de sustentação pesam até 70 toneladas e deixam o centro de pesquisa a mais de três metros do solo. Os quartos da base, com duas camas e banheiros, abrigarão pesquisadores e militares.

Em todas as unidades da base foram instaladas portas corta-fogo e colocados sensores de fumaça e alarmes de incêndio. Nas salas onde ficam máquinas e geradores, as paredes são feitas de material ultrarresistente. No caso de um incêndio, elas conseguem suportar o fogo durante duas horas e não permitem que ele se espalhe por outros locais, como aconteceu na base antiga, dando tempo para a chegada do esquadrão anti-incêndio.

A estação conta com uma usina eólica, que aproveita os ventos antárticos, e placas para captar energia solar, que vão gerar energia principalmente no verão, quando o sol na Antártica brilha mais de 20 horas por dia.

O Brasil faz parte do grupo de 29 países que possuem estações científicas na Antártica. Esta presença é importante porque, de acordo com o tratado antártico, só quem desenvolve pesquisas na região poderá definir o futuro do continente gelado.

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