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Informática

Esqueça a superinteligência - precisamos enfrentar primeiro a IA estúpida

Com informações da New Scientist - 27/06/2025

Esqueça a superinteligência - precisamos enfrentar primeiro a IA estúpida
Leis da Robótica de Asimov precisam de atualização para IA.
[Imagem: Foto:Dariusz Jemielniak/Robô gerado por IA]

IA sem inteligência

Será que os políticos devem garantir que a inteligência artificial (IA) nos ajude a colonizar Marte ou até a galáxia, ou proteger as pessoas da ganância excessiva das grandes empresas de tecnologia?

A primeira opção parece mais agradável e até divertida, mas ela não deveria ser a prioridade.

Entre os aficcionados da tecnologia, os tecno-otimistas e os executivos do Vale do Silício, a IA superinteligente é vista como algo inevitável que se aproxima rapidamente, com alguns executivos de tecnologia prometendo que a década de 2030 verá a era de ouro da tecnologia.

Essa atitude chegou aos centros de poder, e o governo de Donald Trump já endossou a iniciativa de US$ 500 bilhões da OpenAI para construir centrais de dados de IA ultrapoderosos.

Tudo soa como empolgante, mas, como o grande e bom sonho da superinteligência, o que poderíamos chamar de "inteligência estúpida" já está causando problemas aqui e agora.

Uma das questões que o setor de IA enfrenta é se a aspiração de vastas áreas da internet - uma parte necessária do treinamento de IA - é uma violação de direitos autorais. Se colocarmos de lado o fato de que as ferramentas de IA aprenderam lendo livros e revistas pirateados, armazenados em sites não autorizados, há argumentos razoáveis de ambos os lados.

Os defensores dizem que os robôs da IA não infringem direitos autorais porque leem os livros e revistas como qualquer leitor humano; Os detratores, por sua vez, lembram das gigantes do entretenimento Disney e Universal, que estão processando a empresa de IA por reproduzir imagens de tudo, do Darth Vader aos Minions.

Somente a legislação pode resolver a questão, mas mesmo aqui pressupomos que serão legisladores que foquem no bem comum, e não em um fanatismo político tresloucado que só apoia o interesse das empresas.

Mas há problemas mais "mortais", digamos assim.

Os campos de batalha da Ucrânia, Gaza e Irã representam outro problema espinhoso para a IA. Embora Sam Altman, da OpenAI, tenha dito temer que uma IA superinteligente possa um dia nos matar a todos, a inteligência mortal e estúpida já está aqui, a bordo de drones e sistemas de mira que apontam para um mundo em que, muito em breve, as máquinas poderão matar com pouca ou nenhuma supervisão humana.

Os políticos falharam completamente em lidar com essa ameaça. As Nações Unidas realizaram sua primeira reunião sobre a regulamentação dos "robôs assassinos" em 2014. Uma década depois, não estamos nem perto de restringir seu uso.

Se os nossos líderes estão esperando que uma superinteligência resolva seus problemas, eles estão muito enganados. As pessoas, por sua vez, podem começar a votar em líderes de fato inteligentes, capazes de tomar decisões sábias, que nos garantam um futuro.

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