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Telescópio registra buraco negro arrotando gás

Com informações da BBC - 07/01/2016

Telescópio registra buraco negro arrotando gás

[Imagem: NASA/CXC/UTexas/E. Schlegel et al.]

Indigestão cósmica

Parece que os buracos negros andam mesmo sofrendo de indigestão com sua mania de engolir tudo.

Em Novembro passado, astrônomos flagraram pela primeira vez um buraco negro engolindo uma estrela e emitindo um "arroto" na forma de um fluxo de matéria movendo-se a uma velocidade próxima à da luz.

Agora, uma equipe usando o telescópio espacial Chandra, da Nasa, fotografou duas enormes ondas de gás sendo "arrotadas" por um buraco negro no coração de uma galáxia próxima.

As porções de gás quente, detectadas em imagens de raios X, parecem estar varrendo o gás hidrogênio mais frio que encontram pela frente, criando ondas de choque facilmente identificáveis.

Esse vasto e tortuoso "arroto" está ocorrendo na NGC 5195, uma irmã menor e menos conhecida da galáxia conhecida como Redemoinho, ou NGC 5194, a 26 milhões de anos-luz de distância da Terra.

Interação com o buraco negro

O buraco negro no centro da NGC 5195 provavelmente se empanturrou de gás emitido pela interação dessa pequena galáxia com sua irmã maior, a galáxia espiral NGC 5194. À medida que essa matéria foi caindo no buraco negro, enormes porções de energia teriam sido lançadas, causando as ondas de choque.

O fenômeno é um exemplo de interação entre um super buraco negro e sua galáxia de origem.

"Acreditamos que esse feedback impeça as galáxias de se tornarem muito grandes", disse Marie Machacek, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos EUA. "Mas, ao mesmo tempo, ele pode ser responsável pela formação de algumas estrelas. Isso mostra que buracos negros podem criar, e não apenas destruir."

A mancha de hidrogênio, espalhada em uma forma fina que acompanha o arco de gás quente visto nas imagens de raios X, mostra um "arroto" bem velho. A equipe calcula que a onda mais interna de gás quente provavelmente levou 3 milhões de anos para atingir sua posição atual - a onda mais externa teria demorado o dobro de tempo.

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