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Meio ambiente

Veja um bilhão de anos do movimento tectônico da Terra em 40s

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/02/2021


Tectônica de placas acelerada

Uma equipe internacional de geólogos criou um vídeo que mostra em 40 segundos o movimento ininterrupto das placas tectônicas da Terra no último bilhão de anos.

O vídeo revela um planeta em movimento constante conforme as massas de terra se movem ao redor da superfície do planeta, por exemplo, mostrando que a Antártica já esteve no equador.

"Apresentamos, pela primeira vez, um modelo de placa inteira contínua abrangendo 1 bilhão de anos [atrás] até os dias atuais, incluindo um modelo revisado e melhorado para o Neoproterozóico-Cambriano (1000-520 milhões de anos) que se conecta com os modelos do Fanerozoico, abrindo assim os tempos pré-Gondwana para análises quantitativas e outros refinamentos regionais," escreveu a equipe.

Mais do que uma curiosidade educativa, o trabalho fornece uma estrutura de pesquisa para a compreensão da habitabilidade do nosso planeta e até mesmo para localizar recursos metálicos críticos para viabilizar um futuro de baixo carbono.

"Em uma escala de tempo humana, as coisas se movem em centímetros por ano, mas, como podemos ver na animação, os continentes estiveram em todos os lugares no tempo. Um lugar como a Antártica, que vemos como um lugar frio, inóspito e gelado hoje, na verdade já foi um ótimo destino de férias no equador," disse Michael Tetley, da Universidade de Sydney, na Austrália.

"O planeta Terra é incrivelmente dinâmico, com sua superfície composta de placas que se chocam constantemente de uma forma única entre os planetas rochosos conhecidos. Essas placas se movem na velocidade do crescimento das unhas, mas quando um bilhão de anos se condensam em 40 segundos o que se revela é uma dança hipnotizante. Os oceanos se abrem e fecham, os continentes se dispersam e se recombinam periodicamente para formar supercontinentes imensos," acrescentou seu colega Sabin Zahirovic.

Berço que balança

Este modelo de um bilhão de anos permitirá que os cientistas entendam melhor como o interior da Terra se convecta, se mistura quimicamente e perde calor por meio do espalhamento do fundo do mar e do vulcanismo.

O modelo também ajudará a entender como o clima mudou, como as correntes oceânicas se alteraram e como os nutrientes fluíram das profundezas da Terra para estimular a evolução biológica.

"Colocando em termos simples, este modelo completo ajudará a explicar como nosso lar, o planeta Terra, se tornou habitável para criaturas complexas. A vida na Terra não existiria sem as placas tectônicas. Com este novo modelo, estamos mais perto de entender como este lindo planeta azul se tornou nosso berço," disse o professor Dietmar Müller.

Bibliografia:

Artigo: Extending full-plate tectonic models into deep time: Linking the Neoproterozoic and the Phanerozoic
Autores: Andrew S. Merdith, Simon E. Williams, Alan S. Collins, Michael G. Tetley, Jacob A. Mulder, Morgan L. Blades, Alexander Young, Sheree E.Armistead, John Cannon, Sabin Zahirovic, R. Dietmar Müller
Revista: Earth-Science Reviews
DOI: 10.1016/j.earscirev.2020.103477
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