Verniz ecológico aumenta vida útil de frutas e vegetais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/01/2022

A vida útil das bananas aumentou em quase uma semana: em cima, bananas deixadas ao natural; no centro, bananas revestidas com o material sem tratamento; embaixo, bananas revestidas com o material final.
[Imagem: Empa]

Verniz para frutas e verduras

Pesquisadores do laboratório suíço EMPA resolveram de uma vez só dois problemas envolvendo as frutas e verduras que compramos rotineiramente no supermercado.

Em primeiro lugar, eles desenvolveram uma espécie de "verniz" que aumenta significativamente o tempo de prateleira das frutas; e, de quebra, eles eliminaram a necessidade das embalagens plásticas que também usamos para conservar essas frutas e verduras.

A inovação consiste em um revestimento especial de celulose que pode ser aplicado em frutas e vegetais. As frutas e vegetais revestidos permanecem frescos por muito mais tempo.

Nos testes, a vida útil das bananas, por exemplo, foi estendida em mais de uma semana, o mesmo ocorrendo com as cenouras.

"O grande objetivo é que esses biorrevestimentos sejam capazes de substituir muitas embalagens à base de petróleo no futuro," destacou o pesquisador Gustav Nystrom.

Outro ganho potencial dessa maior conservação está na redução do desperdício de alimentos.

Esta é a polpa que é transformada em solução para aplicação por spray ou mergulho.
[Imagem: Empa]

Revestimento para frutas

A matéria-prima desse verniz biológico é o próprio bagaço, o resíduo sólido que sobra após a extração do suco de frutas, vegetais e outras plantas.

Hoje descartado em usinas de biogás ou diretamente no campo, o bagaço é transformado em celulose fibrilada, que então se transforma em uma camada protetora para frutas frescas.

O revestimento pode ser aplicado por spray ou mergulhando a fruta ou vegetal em uma solução. Por ser inofensivo para o consumidor, ele pode ser ingerido sem riscos à saúde, embora também possa ser retirado antes do consumo por uma lavagem simples.

Uma empresa da Suíça já se interessou pela tecnologia e firmou um acordo para os primeiros testes, que deverão durar seis meses. Enquanto isso, a equipe vai trabalhar na adição de novas funcionalidades ao revestimento, adicionando aditivos como vitaminas ou antioxidantes.

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