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Planeta Y: Sistema Solar pode ter outro planeta do tamanho da Terra

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/08/2025

Planeta Y: Sistema Solar pode ter outro planeta do tamanho da Terra
Diferentemente dos também hipotéticos Planeta Nove e Planeta X, que seriam enormes, o Planeta Y deve ter o tamanho da Terra.
[Imagem: NASA/JPL-Caltech / Robert Hurt]

Planetas X, Nove e Y

Em algum lugar nos confins do Sistema Solar pode estar se escondendo um novo planeta do tamanho da Terra, que os cientistas já estão chamando de Planeta Y.

Os astrônomos têm proposto há muito tempo a existência de planetas além do Cinturão de Kuiper, uma região de corpos celestes que incluem Plutão e vários outros objetos transnetunianos.

As sugestões mais famosas incluem o Planeta X, um mundo hipotético com cerca de sete vezes a massa da Terra, orbitando a cerca de 50 vezes a distância Terra-Sol, para o qual há muito poucos indícios críveis, e o mais famoso Planeta Nove, que teria 10 vezes a massa da Terra e estaria pelo menos 300 vezes mais distante do Sol do que a Terra - este ainda permanece como uma possibilidade promissora, exigindo melhores observações.

Mas Amir Siraj e colegas da Universidade de Princeton, nos EUA, estão propondo a existência de outro planeta, que apelidaram de Planeta Y para diferenciá-lo dos outros candidatos.

Assim como nos outros casos, a suspeita nasceu a partir de um efeito de deformação nas órbitas de alguns objetos do Cinturão de Kuiper. "Se essa deformação for real, a explicação mais simples é um planeta inclinado ainda não descoberto," disse Siraj.

Se existir de fato, o Planeta Y teria uma massa entre a de Mercúrio e a da Terra, orbitaria a uma distância entre 100 e 200 vezes a distância Terra-Sol e provavelmente seria um migrante, um planeta que teria nascido internamente no Sistema Solar e posteriormente migrado para a periferia.

Sua presença faria com que as órbitas de alguns objetos do Cinturão de Kuiper se inclinassem ligeiramente para fora do plano do Sistema Solar, em cerca de 15 graus, com a gravidade do planeta fazendo com que se movessem acima e abaixo do plano orbital da maioria dos outros corpos celestes. É esse sinal que os astrônomos acreditam ter detectado.

"Nosso sinal é modesto, mas crível, com cerca de 2 a 4% de chance de ser um acaso," disse Siraj. "Os indícios iniciais do Planeta Nove citavam probabilidades de acaso semelhantes."

Indícios

O plano deformado nas órbitas dos corpos transnetunianos que está sugerindo a existência do Planeta Y é diferente das deformações orbitais justificando a procura pelo Planeta Nove. "A assinatura é diferente," disse Siraj, acrescentando que isso significa que a existência de um não influi na existência do outro, ou seja, tanto o Planeta Nove quanto o Planeta Y podem ser reais.

Luzes mais claras sobre a existência desses hipotéticos novos planetas só deverão vir na próxima década, com a entrada em operação do Observatório Vera C. Rubin, que fará um levantamento do céu de 10 anos. A expectativa é que o Vera Rubin possa até mesmo fotografar diretamente o Planeta Nove e o Planeta Y, caso eles realmente existam.

Bibliografia:

Artigo: Measuring the Mean Plane of the Distant Kuiper Belt
Autores: Amir Siraj, Christopher F. Chyba, Scott Tremaine
Revista: arXiv
Link: https://arxiv.org/abs/2508.14156
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